Defesa de Mestrado: 06 de agosto de 2018

Local: AUDITÓRIO PROF. DR. "JOÃO PAULO DO VALLE MENDES"/ICB/UFPA.

Horário: 10:00h

Título: REGISTRO DO PERFIL DE SUCÇÃO EM LACTENTES COM E SEMANQUILOGLOSSIA POR DISPOSITIVO MICROCONTROLADO

Autora: Erika Baptista Luiz Badarane

Orientador: Prof. Dr. Manoel da Silva Filho

 

Resumo: Nos primeiros meses de vida, a sucção constitui a função necessária para a alimentação eficiente por via oral (VO) e o adequado desenvolvimento motor oral. Para tanto, esta deve ser coordenada e harmônica, sendo necessários, entre outros fatores: reflexo de busca e de sucção; vedamento labial; adequada movimentação da língua e mandíbula; ritmo de sucção, eclosões de sucção alternadas com pausas; coordenação entre sucção- eglutição-respiração. A adequada movimentação da língua tem a função de realizar o vedamento anterior (aderida ao redor do mamilo) e posterior (aderida ao palato mole e faringe), a compressão do mamilo, além da organização e propulsão do bolo alimentar. Tendo em vista que na literatura não há consenso sobre a relação direta entre anquiloglossia e dificuldade de amamentação ou desmame precoce, o objetivo deste trabalho é avaliar o perfil de sucção em lactentes com e sem anquiloglossia através de registro realizado por dispositivo microcontrolador. Aos lactentes com e sem anquiloglossia, foi oferecida uma chupeta de silicone esterilizada, ligada ao dispositivo para sucção durante dois minutos. O dispositivo lê variações de pressão provenientes de um sensor conectado a chupeta. O processamento dos dados relativos as variações de pressão foi realizado por meio de filtros de Kalman e rede neural. Os resultados evidenciaram que os lactentes com e sem anquiloglossia, quando classificadas com rede neural de múltiplas camadas – Perceptron Multilayer, com topologia de 5, 10 e 20 neurônios na camada oculta, não apresentaram nenhuma segregação nos grupos classificados, ou seja, não se encontrou diferença entre eles, com valor de R (0,98) indicando forte correlação entre os grupos. Com isso, concluímos que não é possível relacionar a presença de anquiloglossia com dificuldade de amamentação, ressaltando que este estudo utilizou um método de avalição mais objetivo quando comparado as demais pesquisas da literatura.