Defesa de Mestrado: 29/03/2019

Local: AUDITÓRIO PROF. DR. JOÃO PAULO DO VALLE MENDES/ICB/UFPA.

Horário: 10h

Título: TENDÊNCIAS EPIDEMIOLÓGICAS EM PARTOS PREMATUROS MODERADOS A TARDIOS NA REGIÃO NORTE DO BRASIL.

Discente: SILVIA CAROLINNE PEREIRA RIBEIRO

Docente: ANTONIO PEREIRA JUNIOR

Resumo: O nascimento prematuro caracteriza-se como aquele que ocorre antes das 37 semanas de gestação ou menos de 259 dias desde o primeiro dia da última menstruação. O Brasil está entre os 10 países com a maior taxa de nascimentos prematuros, em que aproximadamente 10% dos bebês nascem antes do tempo. A região norte do país, por sua vez, tem uma das maiores taxas de nascimentos prematuros do país. A prematuridade é um problema de saúde pública que pode acarretar problemas em todos os sistemas, bem como transtorno sensoriais e cognitivos. O objetivo deste trabalho foi analisar as tendências epidemiológicas em partos prematuros moderados a tardios na Região Norte do Brasil. Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais de nascimentos registrados no Sistema de Informação de Nascimento Vivo (SINASC) para residentes da Região Norte do Brasil entre 2011 e 2016. Um total de 3.549.525 de nascimentos foi analisado, dos quais 433.907 (12,22%) foram prematuros, sendo utilizado o modelo de regressão polinomial para análise de tendências de nascimentos prematuros: <37 (y = -9.6 + 36.19x – 21.43x² + 6.01x³ - 0.81x4 +0.04x5); 32 a <37 (y = -9.5 + 34.18x – 20.81x² + 6.01x³ - 0.83x4 +0.04x5). A análise de tendências revelou aumento de 36,19% de nascimentos prematuros ao ano (r² = 1, p = <0,05) e a prematuridade moderada a tardia, de 32 a <37 semanas, cresceu 34,18% (r² = 1; p <0,05). O teste de Wilcoxon foi executado para análise de significância entre grupos correlacionados, com p < 0,05. Observou-se que houve crescimento da tendência da prematuridade na região norte do Brasil, principalmente da prematuridade moderada a tardia (de 32 a <37 semanas), fazendo-se necessária maior atenção para a prevenção dos mesmos, tendo em vista que a prematuridade é a maior causa de mortalidade no primeiro mês de vida e acrescentam custos consideráveis aos cofres públicos.