Qualificação de Mestrado

Data: 20 de abril de 2016

Hora: 10h

Local: SAT 04 - ICB

Título: EFEITO DO TRATAMENTO COM GLUTATIONA NO QUADRO DE MALÁRIA EXPERIMENTAL INDUZIDO PELA INFECÇÃO COM Plasmodium berghei (ANKA)

Autor: Nayara Kauffmann

Orientadora: Profa. Karen Renata Herculano Matos Oliveira

Coorientador: Prof. Anderson Manoel Herculano

 

Resumo

A malária é uma doença causada por protozoários do gênero Plasmodium e apresenta-se como um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Devido alguns fatores em estudar a malária em humano, para avaliar o quadro de malária, modelos murinos tem sido utilizado devido às suas similaridades entre as espécies infectantes para os camundongos e as espécies infectantes para o homem. O aumento na produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) e alterações na atividade de enzimas como a glutationa peroxidase e superoxido dismutase foram caracterizadas dentro do quadro clínico da doença, porém pouco se sabe a respeito da participação de moléculas antioxidantes como a Glutationa na evolução da doença. A glutationa, sintetizada principalmente no fígado, é um tripeptídio (glicina, cisteína e ácido glutâmico) que existe sob as formas reduzida (GSH) e oxidada (GSSH) e atua direta ou indiretamente em processos biológicos importantes. Diante do exposto, o principal objetivo deste trabalho é avaliar o efeito da molécula antioxidante GSH, frente aos danos causados pela infecção com cepa ANKA de Plasmodium berghei (PbA), na evolução do quadro de malária murina. Para isso foram utilizados camundongos Balb-C, o qual foi inoculado (106 de eritrócitos parasitados) via intraperitoneal. Os grupos foram divididos em: grupo malária (PbA) (n=6), grupo PbA + GSH 1mg (n=6), grupo PbA +GSH 3mg (n=6) e grupo PbA +GSH 8mg (n=7), tratados por 7 dias consecutivos. O desenvolvimento da doença foi monitorado diariamente pela determinação da sobrevivência, massa corpórea e a parasitemia foi monitorada a cada três dias em distensões sanguíneas. Nossos dados demonstraram que o tratamento com GSH (8mg/kg) acelerou a mortalidade dos animais infectados uma vez que entre o 13-14 dia após infecção cerca de 43% dos animais evoluíram a óbito. No grupo infectado com PbA que não recebeu tratamento com GSH, uma diminuição semelhante (40%) só foi observada a partir do 23-25 dia pós infecção. Já em relação aos grupos PbA+GSH 1mg e PbA+GSH 3mg, não houve diferença quando comparado com o grupo PbA. Interessantemente, embora o tratamento com GSH 8mg tenha acelerado a mortalidade no grupo infectado, não observamos diferença significativa no nível de parasitemia dos quatros grupos analisados. Em relação a massa corpórea foi possível observar uma diferença entre o dia 0 e 24 em todos os grupos, porém quando analisado entre os grupos, observou-se uma diferença entre o PbA+GSH 1mg e o PbA+GSH 3mg (p<0,01) e os grupos PbA+GSH 1mg e PbA+GHS 8mg (p<0,05).

 

Palavras Chaves: Malária, Plasmodium Berghei ANKA, fígado, antioxidante, glutationa.