Qualificação de Mestrado: 03 de janeiro de 2017
Local:Sala multiuso 03 do Hospital Ophir Loyola
Horário: 08:00h
Título: Depressão e envelhecimento celular: um caminho em comum
Autora: Raiany Souza da Silva
Resumo:A depressão maior é uma grave entidade nosológica, com alta prevalência, possibilidade de recorrência e cronicidade. Passou-se a observar que estaria associada a doenças comumente desenvolvidas com o envelhecimento biológico.
Surgindo a hipótese de que a depressão maior relacionaria-se ao envelhecimento celular. Como os telômeros desempenham um papel fundamental no controle da viabilidade celular. Vários estudos têm relatado a forte associação dos transtornos depressivos com a diminuição do tamanho do telômero em leucócitos de sangue periférico. No entanto, existem poucos estudos sobre a atividade da telomerase nestes casos. A telomerase é uma enzima transcriptase reversa que restaura o tamanho do telômero, possuindo importante papel anti-envelhecimento. Objetivos: Determinar o perfil do telômero e da atividade da telomerase nos leucócitos de sangue periférico antes do tratamento com antidepressivo em uma população de pacientes paraenses com Depressão Maior; comparar esses achados com os encontrados em grupo controle correlato em idade e gênero e Com os achados em estudos internacionais. Metodologia:foram incluídos pacientes diagnosticados com Depressão Maior, de 18 a 60 anos, de ambos os sexos, Que ainda não tenham iniciado tratamento psicofarmacológico. Com inventário de Beck (BDI), com pontuação mínima de 10 pontos. Com coleta de amostras em tubos apropriados para as análises do telômero/telomerasee exames laboratoriais antes da terapia antidepressiva. As Técnicas para medir o comprimento do telômero utilizadas serão: FISH, Southern Blot e qPCR e paraAnálise da Atividade da Telomerase: PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), usando iniciadores específicos para o mRNA de hTERT, gene ativador da telomerase. Resultados preliminares: apresentamos os resultados de 8 pacientes do sexo feminino, com depressão maior (BDI), sem tratamento com psicofármacos. Sem critérios de exclusão, alterações clínicas ou aos exames laboratoriais. Como grupo controle foram utilizadas amostras de sangue de bolsas de paciente hígidos com idade e sexo correlatos aos estudados. Neste momento, apresentamos como principal achado a diminuição da atividade da telomerase nestes pacientes. Com o decorrer do estudo serão adicionados, o comprimento do telômero e o devido tratamento estatístico. Conclusão: É interessante ressaltar que os primeiros sintomas perceptíveis do Transtorno Depressivo Maior podem ser comportamentais, mas suas alterações não se limitam ao cérebro. Devendo ser investigada com afinco não só na população paraense, mas em toda população brasileira.