Qualificação de Mestrado: 27/02/2019

Local: Sala 02 do Laboratório de Engenharia Elétrica e Computação (LEEC), 2° andar/UFPA.

Horário: 8:30h

Título: TENDÊNCIAS EM PARTOS PREMATUROS TARDIOS E FATORES ASSOCIADOS NA REGIÃO NORTE

Discente: SILVIA CAROLINNE PEREIRA RIBEIRO

Docente: ANTÔNIO PEREIRA JUNIOR

Resumo: O nascimento prematuro caracteriza-se como aquele que ocorre antes das 37 semanas de gestação ou menos de 259 dias desde o primeiro dia da última menstruação. O Brasil está entre os 10 países com a maior taxa de nascimentos prematuros, em que aproximadamente 10% dos bebês nascem antes do tempo. A região norte do país, por sua vez, teve a maior taxa de nascimentos prematuros em 2010, com cerca de 60% do total de nascimentos prematuros do país. A prematuridade é um problema de saúde pública que pode acarretar problemas como hemorragia intraventricular e oferece maior risco de problemas neurológicos, como transtorno do espectro autista e de déficit de atenção. O objetivo foi analisar as tendências em partos prematuros na Região Norte do Brasil. Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais de nascimentos registrados no Sistema de Informação de Nascimento Vivo (SINASC) para residentes da Região Norte do Brasil entre 2011 e 2016. Um total de 3.549.525 de nascimentos foi analisado, dos quais 433.907 (12,22%) foram prematuros, sendo utilizado o modelo de regressão polinomial para análise de tendências de nascimentos prematuros: <37 (y = -9.6 + 36.19x – 21.43x² + 6.01x³ - 0.81x4 +0.04x5); 32 a <37 (y = -9.5 + 34.18x – 20.81x² + 6.01x³ - 0.83x4 +0.04x5). A análise de tendências revelou aumento de 36,19% de nascimentos prematuros ao ano (r² = 1, p = <0,05) e a prematuridade tardia, de 32 a <37 semanas, cresceram 34,18% (r² = 1; p <0,05). O teste de Wilcoxon foi executado para análise de significância entre grupos correlacionados, com p < 0,05. Observou-se que houve crescimento da tendência da prematuridade na região norte do Brasil, principalmente da prematuridade tardia (de 32 a <37 semanas), fazendo-se necessária maior atenção para a prevenção dos mesmos, tendo em vista que a prematuridade é a maior causa de mortalidade no primeiro mês de vida e acrescentam custos consideráveis aos cofres públicos.