Qualificação de Mestrado: 21/03/2019

Local: Auditório do Núcleo de Pesquisa em Oncologia (NPO), Hospital Universitário João de Barros Barreto.

Horário: 10h

Título: AVALIAÇÃO DO POTENCIAL NEUROPROTETOR DO BETACARIOFILENO EM MODELO MURINO DE DOENÇA DE PARKINSON INDUZIDO POR 6-HIDROXIDOPAMINA

Discente: ANDERSON VALENTE AMARAL

Docente: ELIZABETH SUMI YAMADA

Resumo: A doença de Parkinson (DP) é tradicionalmente classificada como um distúrbio motor devido à riqueza do quadro motor apresentado pelo paciente, caracterizado por tremor de repouso, rigidez muscular, instabilidade postural e diminuição de movimentos. Tal sintomatologia é devido a perda progressiva de neurônios dopaminérgicos presentes da substância negra pars compacta (SNpc) e consequente depleção de dopamina no estriado. Atualmente, o tratamento farmacológico utilizado no tratamento da DP é a feito através de reposição de dopamina no estriado, contudo esse tratamento torna-se ineficaz à proporção que a neurodegeneração se agrava. Logo, é de fundamental importância a busca por novas formas terapêuticas que possam retardar ou interromper a progressão da neurodegeneração na DP. Assim, o beta-cariofileno (BCP) mostra-se uma molécula promissora primeiramente por ser um fitocanabinóide dietético e por ser um agonista seletivo e não-psicoativo de receptores canabinóides tipo II (CB2R), exercendo funções anti-inflamatórias e antioxidantes. Dessa forma, investigamos se o BCP possui efeitos neuroprotetores em modelo murino de DP induzido por 6-hidroxidopamina (6- OHDA), onde utilizamos parâmetros comportamentais como o teste de rotações induzidas por apomorfina, teste de exploração no campo aberto e teste de barras horizontais. Ademais, avaliamos quantitativamente o número de neurônios presentes na SNpc, além da densitometria do estriado e ensaios bioquímicos. Até o presente momento, mostramos que a ativação dos CB2R através do BCP foi capaz de melhorar o desempenho motor, assim como protegeu neurônios na SNpc e fibras dopaminérgicas do estriado. Entretanto, é necessário a quantificação de células gliais como micróglias e astrócitos, assim como parâmetros bioquímicos para que possamos delimitar com mais eficácia os efeitos até aqui investigados.