Defesa de Doutorado: 11/10/2019

Local: AUDITÓRIO DE RADIOTERAPIA DO HOSPITAL OPHIR LOYOLA.

Horário: 14h

Título: IMPACTO DO AMBIENTE ENRIQUECIDO EM MODELO DE ENCEFALITE AGUDA INDUZIDA PELO VÍRUS MARABÁ EM MURINO SENIL: ENSAIOS COMPORTAMENTAIS E NEUROPATOLÓGICOS.

Discente: ALEXANDRE MAIA DE FARIAS

Docente: JOSE ANTONIO PICANÇO DINIZ JUNIOR

Resumo: A Amazônia é uma região que combina condições favoráveis para a propagação de viroses, o que aumenta sobremaneira o risco de encefalites, agravos ou desenvolvimento de doenças neurodegenerativas e morte na população senil. A busca por recursos, técnicas, medicamentos que possibilitem a diminuição do risco de infecção viral na população é um dever da ciência e obrigação das políticas públicas. Alguns estudos têm demostrado que o Ambientes enriquecido (AE) promove neuroproteção em modelos animais de encefalites, todavia, ainda são raros os estudos que investigaram as respostas neuroinflamatórias que o AE pode promover em cérebros senis em condições de encefalite viral. Testamos a hipótese de que o AE promoveria respostas neuroprotetoras em animais senis submetidos a uma encefalite viral. Para isso, dois grupos de camundongos foram criados em AE ou em ambiente padrão (AP) ao longo da vida. Ao completarem 21 meses de idade, foram inoculados por via intranasau com o vírus Marabá e depois processados para a realização de testes de citometria de fluxo, imunohistoquímica e testes comportamentais de open-field e discriminação olfatória. Os resultados demonstraram que o AE promoveu diminuição dos sinais clínicos de doença, diminuição do comportamento exploratório e preservou a discriminação de odores, apresentou menor número de áreas encefálicas com presença do vírus, menor ativação microglial, porém, maior número de áreas com astrogliose. Os testes de detecção de citocina mostraram menores níveis de MCP-1 e maior produção de INF- γ foram encontrados nos animais do AE. Tomados em conjunto, os resultados mostraram que o AE promoveu neuroproteção frente às alterações neuropatológicas e comportamentais promovidos pela intensa encefalite induzida pelo Marabá vesículovírus em animais senis.